Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria
de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia –
extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado
órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio
indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indiví-
duo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a
fim de expiar a sua culpa.
Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós
Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós
temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de
algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma,
muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que
ela não existe.
► Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser,
► Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser,
ferindo aquele que lhe deu abrigo.
Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização
Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização
do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insen-
satez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamen-
te na mente da criatura através do ressentimento.
Adriano Oliveira.
Instituto de Intercâmbio do Pensamento Espírita de Pernambuco. (IPEPE)
Fonte: Casa Espírita Paz e Luz Francisco de Assis
Adriano Oliveira.
Instituto de Intercâmbio do Pensamento Espírita de Pernambuco. (IPEPE)
Fonte: Casa Espírita Paz e Luz Francisco de Assis
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