domingo, 4 de novembro de 2012

::: MÁGOA :::


Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria 
de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – 
extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado 
órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio 
indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indiví-
duo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a 
fim de expiar a sua culpa.

Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós 
temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de 
algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, 
muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que 
ela não existe.


► Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, 
ferindo aquele que lhe deu abrigo.


Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização 
do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insen-
satez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamen-
te na mente da criatura através do ressentimento.


Adriano Oliveira.
Instituto de Intercâmbio do Pensamento Espírita de Pernambuco. (IPEPE)

Fonte: Casa Espírita Paz e Luz Francisco de Assis






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