domingo, 4 de novembro de 2012

::: RAIVA :::


A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, sendo que esta ameaça possa produzir algum tipo de dano ou prejuízo.


Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos os dias nos deparamos 
com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas 
sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. 
Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então 
nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata.

Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências terrenas. 
Canalizá-la bem, elucidando-a até a sua diluição, é característica de ser saudável 
e lúcido, conforme assevera a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis.

▬ Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe mais espaços na nossa mente e sentimentos?

Segundo a nobre mentora de Divaldo Franco, o primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonhar-mos 
da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la perante atitudes de falsa humildade e santificação são atitudes de quem ilude a si próprio, optando pelo parecer em detrimento do ser.


► Em seguida devemos nos indagar:


▬ Por que me deixei atingir tanto?

▬ Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa?

▬ O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequi-
librar o restante do dia?


”Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e então é que percebemos 
que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o 
outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva, 
logo nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior.

Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez q alguém 
vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados.


▬ O que então nos deixou tão ameaçados?

▬ Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós?

▬ Que área do meu ser aquela palavra proferida pelo ofensor atingiu de maneira 
tão precisa?


A partir desse momento nós começamos a perceber q na verdade a sensação 
de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro 
de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada idéia existente dentro de nós mesmos – ela já estava ali – 
bastava acioná-la.


► Decorre daí o enunciado de Joanna de Ângelis, de que:


A raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios 
defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros. Sendo que 
quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável 
ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior.

Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso dese-
quilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: 
refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a 
pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos.

Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar 
nas conseqüências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso 
com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a 
raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita 
a si mesmo e se considera credor do respeito e consideração dos seus 
semelhantes.

♣ Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum 
trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir a raiva. ♣ Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes 
saudáveis e terapêuticas.


► O que não se deve fazer é camufla-la, reprimi-la, pois então estaremos oportunizando o surgimento da mágoa e do ressentimento.

Certamente há situações em que a dor nos atinge sem que possamos 
nos defender.

Ocorrências em que ficamos paralisados, sem saber como agir, tamanha 
nossa surpresa e decepção. Entretanto, parece que nunca estamos prepa-
rados para as decepções. Acreditamos que sempre seremos estimados e considerados por todos, e que as pessoas nunca irão nos trair e então nos magoamos.

A ingratidão e a calúnia ainda fazem parte do orçamento moral da huma-
nidade, e não há quem não se depare com elas em algum momento. 
Dependendo da pessoa autora do disparo, do lançamento do dardo, este 
parece penetrar o mais profundo da alma, produzindo enorme sofrimento.


► Muitas vezes, aquela pessoa em quem nós mais confiávamos nos trai, 
nos decepciona, nos fere e a dor então é perfeitamente natural.

♣ Chorar,

♣ Mostrando-lhe os ferimentos,

♣ Considerar a ocorrência injusta,

♣ Demonstrar os sentimentos ao agressor, são atitudes que auxiliam para 
que a dor diminua e se abrande.

Contar aos amigos o ocorrido, demonstrando como se sentiu diante da 
situação, dizer o quê o magoou, são recursos que colaboram para que a 
mágoa não se instale na criatura. Em nenhum momento devemos nos 
permitir guardar a mágoa, diz o espírito Hammed.


Adriano Oliveira.
Instituto de Intercâmbio do Pensamento Espírita de Pernambuco. (IPEPE)

Fonte: Casa Espírita Paz e Luz Francisco de Assis






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...