Carma é uma palavra sânscrita* que significa ação.
Não é um termo encontrado na Codificação Espírita, mas é usado hoje por
muitos dos que se interessam pelo Espiritismo. Achamos por bem comentar
seu significado de modo que se possa compreender seu real sentido.
Pode-se afirmar que o Carma é a história do Espírito, desde que teve sua
primeira encarnação no plano material.Quando começou sua ação evolutiva,
teve início seu Carma.
Não é um termo encontrado na Codificação Espírita, mas é usado hoje por
muitos dos que se interessam pelo Espiritismo. Achamos por bem comentar
seu significado de modo que se possa compreender seu real sentido.
Pode-se afirmar que o Carma é a história do Espírito, desde que teve sua
primeira encarnação no plano material.Quando começou sua ação evolutiva,
teve início seu Carma.
Ao contrário do q se pensa, Carma não é sinônimo de sofrimento.
Carma é a"gravação"psíquica, existente no Espírito,contendo suas ações.
É uma espécie de bagagem histórica, q lhe é própria. São suas virtudes,
defeitos, créditos, débitos e tendências que formam a personalidade.
A cada encarnação o Carma se modifica pela experiência na matéria.
A educação e os costumes do povo onde o Espírito encarna dão a ele
novas características morais e intelectuais. A lei de causa e efeito, agindo
nas encarnações, regula a evolução do Carma modificando e renovando
o patrimônio psicológico do Espírito.
LEI DE CAUSA E EFEITO
O Criador concede a seus filhos o livre arbítrio, ou seja, a liberdade de
agirem como bem entenderem. Porém, todas essas ações estão sujeitas a
uma lei natural de justiça, chamada de "causa e efeito", "ação e reação" ou
"plantio e colheita". É por meio desta lei que somos responsáveis por tudo
quanto fazemos ao próximo ou ao nosso próprio Espírito.
agirem como bem entenderem. Porém, todas essas ações estão sujeitas a
uma lei natural de justiça, chamada de "causa e efeito", "ação e reação" ou
"plantio e colheita". É por meio desta lei que somos responsáveis por tudo
quanto fazemos ao próximo ou ao nosso próprio Espírito.
Livre é a semeadura das atitudes, porém, obrigatória é a colheita de suas
conseqüências. Uma má ação, que prejudique o próximo ou a nós mesmos,
resultará numa reação contrária de igual intensidade. Esta é uma maneira
sábia da Lei ensinar a não repetirmos o erro. A Lei não castiga, mas corrige.
O princípio de causa e efeito não foi criado pelo Espiritismo. Ele é uma das
O princípio de causa e efeito não foi criado pelo Espiritismo. Ele é uma das
leis da Física promulgada pelo sábio Isaac Newton, que tem o seguinte
enunciado:
"A toda ação realizada num determinado sentido, corresponderá uma reação
de mesma intensidade e direção oposta".
Muitos sofrimentos de pessoas ou povos que se observam na atualidade,
são perfeitamente explicados pelo mecanismo da ação e reação da Lei de
Deus. Obras más, de encarnações passadas neste ou noutros mundos,
provocam colheitas desagradáveis na presente existência. Do mesmo modo,
se o Bem for objeto de preocupação das criaturas, o futuro guardará para
elas uma situação de paz, satisfação e felicidade.
são perfeitamente explicados pelo mecanismo da ação e reação da Lei de
Deus. Obras más, de encarnações passadas neste ou noutros mundos,
provocam colheitas desagradáveis na presente existência. Do mesmo modo,
se o Bem for objeto de preocupação das criaturas, o futuro guardará para
elas uma situação de paz, satisfação e felicidade.
A dor moral ou física deve ser encarada sem revoltas, pois geralmente são
resgates ou provas necessárias ao adiantamento do Espírito. A aceitação
das próprias dores produz alívio moral e ajuda na solução definitiva do
problema. Só o esclarecimento pode retirar o homem do estado de revolta
diante do sofrimento. A fé raciocinada é seguro escudo nas aflições pelas
quais necessitamos passar.
das próprias dores produz alívio moral e ajuda na solução definitiva do
problema. Só o esclarecimento pode retirar o homem do estado de revolta
diante do sofrimento. A fé raciocinada é seguro escudo nas aflições pelas
quais necessitamos passar.
De posse deste conhecimento corretivo da Lei, nós, seres humanos,
devemos nos empenhar em ações de justiça e de benemerência para com
o próximo, estimulando assim a Lei Divina em favor de nós mesmos.
"Porém os males mais numerosos são aqueles que o homem criou para si,
por seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo,
de sua ambição, de sua cobiça, de seus excessos em todas as coisas; aí está
a causa das guerras e das calamidades que elas geram, das dissensões, das
injustiças, da opressão do fraco pelo mais forte, enfim, da maior parte das
moléstias" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. III, item 6).
A REENCARNAÇÃO
A reencarnação era uma idéia comum nos tempos de Jesus. Nas Escrituras
Sagradas, o ponto onde o Mestre refere-se a ela de forma clara e inequívoca
é a passagem em que Ele, depois de descer do Monte Tabor, onde mantivera
é a passagem em que Ele, depois de descer do Monte Tabor, onde mantivera
contato com seus amigos espirituais, afirma de modo inquestionável que João
Batista teria sido a reencarnação do antigo profeta Elias.
Os Espíritos foram criados simples e ignorantes. No início, não possuem o
conhecimento do bem ou do mal. São dotados do germe da inteligência e,
com o tempo, adquirem consciência de si mesmos. Sua constituição, como
já dissemos, é abstrata e o modo como foram criados ainda não foi revelado totalmente pelos Espíritos superiores.
com o tempo, adquirem consciência de si mesmos. Sua constituição, como
já dissemos, é abstrata e o modo como foram criados ainda não foi revelado totalmente pelos Espíritos superiores.
Todo Espírito está destinado à perfeição, e como não poderia atingi-la numa
só vida, Deus concede-lhe outras existências, para q possa crescer em inteli -
gência e moralidade. O renascimento sucessivo do Espírito na dimensão
material é chamado reencarnação.
A evolução do Espírito se dá progressivamente, pois ela está intimamente
ligada à experiência. Através de lutas expiatórias e provas, o Espírito caminha
em busca da própria iluminação e aperfeiçoamento. Ao iniciar sua jornada encarnatória nos primeiros estágios evolutivos, o Espírito sofre todo tipo de influências, boas e ruins.
Como é ignorante, suas tendências o levam a vivenciar experiências no
campo do erro. Nem todos os Espíritos passam pelo caminho do mal, mas obrigatoriamente passam pelo da ignorância.
O Criador concede ao Espírito a liberdade de ceder ou resistir às más
influências. Trata-se do "livre arbítrio". Esta liberdade de agir como bem
entende, desenvolve-se à medida em que ele adquire consciência de si
mesmo. Isso faz com que tenha o mérito de suas próprias ações.
"Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente ao bem;
ora, em virtude de seu livre arbítrio, ele não é fatalmente levado nem ao bem
nem ao mal. Deus quis que ele fosse submetido à lei do progresso e que esse progresso fosse o fruto de seu próprio trabalho, a fim de que tivesse o mérito
desse trabalho, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que
é feito por sua vontade" -
(Allan Kardec - A Gênese, cap. III, item 9).
Uma encarnação pode ser livre, compulsória ou missionária, dependendo
da evolução e da necessidade do Espírito. Cada existência na matéria signi -
fica um passo a mais na busca do aperfeiçoamento moral e intelectual.
O Espírito pode, por má vontade ou preguiça, manter-se estacionado, mas
nunca regride a estágios inferiores ao que se encontra. Tudo o que ele
adquire em uma encarnação faz parte de seu patrimônio espiritual e ele
poderá usar em outras experiências, para seu crescimento.
da evolução e da necessidade do Espírito. Cada existência na matéria signi -
fica um passo a mais na busca do aperfeiçoamento moral e intelectual.
O Espírito pode, por má vontade ou preguiça, manter-se estacionado, mas
nunca regride a estágios inferiores ao que se encontra. Tudo o que ele
adquire em uma encarnação faz parte de seu patrimônio espiritual e ele
poderá usar em outras experiências, para seu crescimento.
O número de encarnações necessárias ao esclarecimento definitivo do
Espírito varia entre eles. Os que estiverem imbuídos de boa vontade, tendem
a atingir a perfeição mais rápido. Os que se deixam iludir no caminho, perdem
tempo e demoram mais para atingir o grau de Espíritos puros. Tudo funciona
mais ou menos como numa escola, onde se aprende muito, pouco ou nada, de acordo com o esforço de cada um. E como numa escola, aqueles que não
adquirirem condições não poderão ascender a classes mais adiantadas.
É durante suas reencarnações que o Espírito tem oportunidades para reparar
erros e sofrer experiências libertadoras. O mundo material é, portanto, uma
importante escola de aprendizado. No mundo espiritual se colhe os frutos
daquilo que se planta em vida. Todos os Espíritos sofrem as vicissitudes da existência corpórea; uns para expiar seus erros; outros, mais evoluídos, para provarem virtudes ou cumprirem missões.
A reencarnação é a chave que explica a Justiça e a Misericórdia de Deus.
Através dela, todas as aparentes injustiças podem ser compreendidas.
Todos os erros podem ser redimidos por meio de novas experiências e
os Espíritos, cedo ou tarde, encontram o caminho do Bem.
"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida,
somos os mais infelizes de todos os homens" - (I Coríntios, 15.19)
A MORTE
Para sofrer suas experiências no mundo material, o Espírito se une a um
corpo carnal, através do perispírito que lhe serve de elo. O corpo funciona
como um instrumento de trabalho para a criatura. É movido por uma espécie
de força motriz, derivada do "fluido vital".
corpo carnal, através do perispírito que lhe serve de elo. O corpo funciona
como um instrumento de trabalho para a criatura. É movido por uma espécie
de força motriz, derivada do "fluido vital".
A morte é a desorganização do corpo carnal. À medida que envelhece, ele
desgasta-se materialmente. Quando ocorre a morte física há o conseqüente
desligamento entre o perispírito e o corpo orgânico. Esse desprendimento faz
com que a entidade retorne ao plano espiritual, que é a sua verdadeira pátria.
No Espiritismo, a morte é denominada "desencarnação".
Logo depois da morte do corpo carnal, o Espírito fica mais ou menos confuso
Logo depois da morte do corpo carnal, o Espírito fica mais ou menos confuso
quanto ao seu novo estado. Esta situação chama-se "perturbação" e vai
cessando gradualmente, variando em termos de tempo de acordo com o nível evolutivo do Espírito.
Aos poucos, o desencarnado vai tomando consciência de sua nova condição
de Espírito livre e sua mente vai se adaptando à dimensão espiritual. Com essa melhoria, começa a compreender o estado de liberdade e anseia pelo progresso.
cessando gradualmente, variando em termos de tempo de acordo com o nível evolutivo do Espírito.
Aos poucos, o desencarnado vai tomando consciência de sua nova condição
de Espírito livre e sua mente vai se adaptando à dimensão espiritual. Com essa melhoria, começa a compreender o estado de liberdade e anseia pelo progresso.
Alguns Espíritos desencarnados ficam em estado d perturbação por muito tempo.
A perturbação é um estado psíquico transitório q pode durar d alguns minutos a anos.
A VIDA DOS ESPÍRITOS
Após a morte física, as obras que se realizou no plano material determinam
a situação de vida que o Espírito vai ter no plano espiritual.No intervalo de
suas existências corpóreas o Espírito permanece por tempo mais ou menos
longo no mundo espiritual, onde é feliz ou infeliz segundo o bem ou mal que
tenha praticado. A vida espiritual é na verdade sua verdadeira vida, seu estado definitivo.
Nela ele progride igualmente e adquire conhecimentos especiais que não
poderia adquirir na Terra. É onde se prepara para novas lutas no campo da
matéria até que tenha se tornado puro e sem necessidade de novas experi-
ências carnais.
O Espírito, portanto, depois de desencarnado, vai habitar em regiões astrais
com as quais possui afinidade moral. Para facilitar o entendimento dos que
estão iniciando no estudo da ciência espírita, falaremos desses lugares utili -
zando a forma como são concebidos pelo povo. Mas lhes daremos as caracte-
rísticas difundidas, aceitas e explicadas pela Doutrina Espírita.
O inferno
O Inferno é uma expressão bíblica, usada pelas religiões convencionais
para designar as regiões espirituais onde habitam os maus Espíritos.
A imagem que foi feita dele na doutrina cristã foi originada do paganismo,
perpetuada pelos escritos dos poetas gregos. Não tendo o perfeito enten-
dimento da vida espiritual nem da justiça de Deus, imaginou-se que os
homens maus só poderiam merecer um castigo eterno.
A Doutrina Espírita veio nos esclarecer sobre esse importante dogma das
penas eternas, difundido pelas religiões oficiais da época. Ensina que o
Inferno é a morada temporária de entidades primitivas e malignas, inimigas
dos princípios do Bem e revoltadas contra a misericórdia de Deus. Nessas
regiões permanecem transitoriamente as almas dos que se comprazem no assassínio, no furto, na mentira, na luxúria e nas paixões humanas.
Os Espíritos desencarnados que vão para essas regiões astrais não ficam
nelas definitivamente, como se pensava a princípio. Eles permanecem ali
por períodos variáveis, até q surjam novas oportunidades de reencarnação.
Todos os Espíritos inferiores, habitantes das dimensões trevosas, cedo
ou tarde encontrarão sua luz através do esclarecimento reencarnatório.
Ou seja, o inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de
consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mal e nele se
comprazem.
São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de
suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas
pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias
também alcançarão a perfeição.
O purgatório
Purgatório é um termo usado comumente no Catolicismo. Foi criado pela "necessidade" de abrigar as almas dos que não eram muito maus para
habitar o inferno, nem tão bons para merecer o céu. Nas obras espíritas
acessórias, convencionou-se denominá-lo pela expressão "Umbral" e
diz-se que é a região espiritual purgatorial próxima da Terra.
A maioria dos recém-desencarnados passa um período mais ou menos
longo neste lugar, ou situação psíquica, a fim de refletir sobre suas obras.
O Umbral é uma dimensão de muito sofrimento. Abriga grande número de
entidades em condições de dor e angústia.
Aí instalam-se as colônias socorristas, tais como "Nosso Lar" e outras
narradas na literatura mediúnica, para amparo dos Espíritos que são
recolhidos nessas situações. Allan Kardec diz que o purgatório dos
Espíritos também pode ser os mundos de expiação.
"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade
material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de
expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o
seu presente em benefício do seu futuro"-
(Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. V, item 4).
O paraíso
É a região astral onde moram os Espíritos puros e os bons Espíritos, que já adquiriram saber e moralidade. Esses planos são denominados popularmente
de "paraísos" ou "colônias de luz". Alguns Espíritos que habitam essas regiões
estão livres de encarnações, outros não. Os Espíritos puros podem reencarnar-
se em mundos mais ou menos atrasados, para cumprirem missões.
Entretanto, não são mundos de contemplação como nos acostumamos a
pensar. Ao contrário, são lugares de trabalho e ação no campo do Bem e do
Saber. É onde o Espírito experimenta a verdadeira felicidade.
"A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não está na ociosidade
contemplativa, que seria, como freqüentemente se diz, uma eterna e
fastidiosa inutilidade.
"...A suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplendores da
Criação, que nenhuma linguagem humana poderia exprimir, que a mais
fecunda imaginação não poderia conceber. Consiste no conhecimento e compreensão de todas as coisas, na ausência de qualquer sofrimento
físico e moral, na satisfação íntima, na serenidade do Espírito que nada
altera, no amor que une a todos os seres e portanto na ausência de todo o aborrecimento proveniente da relação com os maus, e acima de tudo na
visão de Deus e na compreensão de seus mistérios revelados aos mais
dignos" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. III, item 12)
Texto Extraído: Grupo Espírita Bezerra de Menezes
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