sábado, 22 de outubro de 2011

Existem Feiticeiros, Maus-Olhados, Bruxarias?2



É claro que, para a filosofia espírita, a crença no azar e na sorte, que alimentam estas e muitas outras 
crendices de que falámos na entrada anterior, não têm qualquer razão de ser.

Ainda que discretamente, o hábito de "atrair a sorte" ou de "repelir o azar", de "tomar precauções 
contra inimigos", de "acautelar os negócios" com "previsões" diversas, e muitas outras práticas análogas, 
continuam bem vivos, e constituem um negócio florescente, como podemos constatar pela quantidade 
de "magos" que se anunciam nos jornais, revistas, rádio, tv e Internet. 
Prometem solução para todos os casos, "mesmo os mais difíceis"!

Mesmo entre pessoas que consideramos muito racionais, mesmo entre pessoas que são praticantes 
devotos de uma religião, é comum haver quem recorra, sem hesitar, a esse tipo de serviços. 

Os anúncios são apelativos, e quem se acha angustiado, apreensivo ou desesperado, perde a 
capacidade de julgamento e embarca nas promessas fáceis de resolução de problemas 
ligados a exames, drogas, alcoolismo, dificuldades económicas, mal-estar, desgostos de amor, 
e tudo o que se possa imaginar.


Problemas toda a gente os tem, uns mais graves, outros menos. 
Por isso, não admira que pessoas sem escrúpulos montem banca para explorar o infortúnio alheio.

- E que "soluções" prometem estes negociantes?

- Rituais, talismãs e mezinhas diversas!
Outrora, os magos (também chamados bruxos ou feiticeiros) eram os sacerdotes das 
religiões primitivas, ou mágicas. 

Hoje, os espertalhões que exploram este "nicho de mercado", aproveitam os resquícios 
de crença primitiva, e apresentam inacreditáveis catálogos de artigos e serviços 
que só resolvem um problema: o das suas próprias contas bancárias.


Seria uma lista infindável, a de todos procedimentos destes negociantes. 
Aqui vai uma lista breve e aleatória, para se ter uma idéia:


- Benzeduras para "dar sorte" para os exames;

- velinhas que prometem curar pessoas do vício do álcool ou das drogas;

- pozinhos para espalhar pelo chão, contra o "mau-olhado";

- porta-chaves e outros amuletos que "garantem" que o seu possuidor vai ganhar 
muito dinheiro ao jogo;

- líquidos para banhos que são receitados para "afastar os maus Espíritos";


- defumadouros de ervas para "atrair clientes para as lojas, atrair namorados/as 
ou afastar os maus Espíritos";

- "limpezas psíquicas" de empresas e casas de habitação;


- rituais para "quebrar feitiços".

Há quem prefira acreditar em soluções fáceis, mas estas não existem!

- O sucesso nos exames é garantido, entre outras coisas, pelo estudo aplicado.

- A cura para o alcoolismo ou toxicodependência está na Medicina e no querer de cada um.

- Não há "mau-olhado" que afecte quem tem fé em Deus e esclarecimento espiritual.

Os jogos de azar dão dinheiro aos donos dos casinos, não aos clientes.

- Os maus Espíritos não se afastam por causa de banhos, rezas ou defumadouros, mas pelo 
nosso aprimoramento interior, nas boas acções, na oração e no estudo.

- Os clientes são atraídos para os negócios viáveis e bem montados e não por causa de encantamentos;

- As "limpezas psíquicas" nas empresas e nas casas são mais uma crendice sem significado. 
Não há "más energias" que precisem de ser "dispersadas". 
O bom ambiente somos cada um de nós que o fazemos com a nossa atitude feliz, fraterna e tranquila;

- Há quem faça feitiços, mas estes não precisam de ser "quebrados", pela simples razão de que não 
passam de crendices sem qualquer efeito prático.

Desaconselhamos vivamente o recurso a "magos", médiuns comerciantes e vendedores de milagres. 
Faça como a corujinha da imagem: olhos bem abertos!



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