domingo, 4 de novembro de 2012

::: FINADOS NA VISÃO ESPÍRITA :::


O hábito de visitar os mortos, como se o cemitério fosse sala de visitas do Além, 
é cultivado desde as culturas mais remotas. Mostra a tendência em confundir o indivíduo com seu corpo. Há pessoas que, em desespero ante a morte de um 
ente querido, o "VISITAM" diariamente. Chegam a deitar-se no túmulo. Desejam 
estar perto do familiar. Católicos, budistas, protestantes, muçulmanos, espíritas - somos todos espiritualistas, acreditamos na existência e sobrevivência do Espírito.

Obviamente, o ser etéreo não reside no cemitério. Muitos preferem dizer que perderam o familiar, algo que mostra falta de convicção na sobrevivência do 
Espírito. Quem admite que a vida continua jamais afirmará que perdeu alguém. 
Ele simplesmente partiu. Quando dizemos "perdi um ente querido", estamos registrando sérios prejuízos emocionais. Se afirmarmos que ele partiu, haverá 
apenas o imposto da saudade, abençoada saudade, a mostrar que há amor em 
nosso coração, o sentimento supremo que nos realiza como filhos de Deus. 
Em datas significativas, envolvendo aniversário de casamento, de morte, 
finados, Natal, Ano Novo, dia dos Pais, dia das Mães, sempre pensamos neles.

COMO PODEMOS AJUDAR OS QUE PARTIRAM ANTES DE NÓS?

Envolvendo o ser querido em vibrações de carinho, evocando as lembranças 
felizes, nunca as infelizes; enviando clichês mentais otimistas; fazendo o bem 
em memória dele, porque nos vinculamos com os Espíritos através do pensa-
mento. Além disso, orando por ele, realizando caridade em sua homenagem, 
tudo isso lhe chegará como sendo a nossa contribuição para a sua felicidade; 
a prece dá-lhe paz, diminui-lhe a dor e anima-o para o reencontro futuro que 
nos aguarda.

PODEMOS CHORAR?

Podemos chorar, é claro. Mas saibamos chorar. Que seja um choro de saudade 
e não de inconformação e revolta. O choro, a lamentação exagerada dos que 
ficaram causam sofrimento para quem partiu, porque eles precisam da nossa 
prece, da nossa ajuda para terem fé no futuro e confiança em Deus. Tal comportamento pode atrapalhar o reencontro com os que foram antes de nós. Porque se eles nos visitar ou se nós os visitarmos (através do sono) nosso desequilíbrio os perturbará. Se soubermos sofrer, ao chegar a nossa vez, nos reuniremos a eles, não há dúvida nenhuma.

ENTÃO OS ESPÍRITAS NÃO VISITAM O CEMITÉRIO?

Nós espíritas não visitamos os cemitérios, porque homenageamos os “vivos desencarnados” todos os dias. Mas a posição da Doutrina Espírita, quanto as homenagens (dos não espíritas), prestadas aos "MORTOS" neste Dia de Finados, 
ao contrário do que geralmente se pensa, é favorável, DESDE QUE SINCERAS E 
NÃO APENAS CONVENCIONAIS.

Os Espíritos, respondendo a perguntas de Kardec a respeito (em O Livro dos Espíritos), mostraram que os laços de amor existentes entre os que partiram e 
os que ficaram na Terra justificam esses atos. E declaram que no Dia de Finados 
os cemitérios ficam repletos de Espíritos que se alegram com a lembrança dos parentes e amigos. Há espíritos que só são lembrados nesta data, por isso, 
gostam da homenagem; há espíritos que gostariam de serem lembrados no 
recinto do lar.

Porque, se ele desencarnou recentemente e ainda não está perfeitamente 
adaptado às novas realidades, irá sentir-se pouco à vontade na contemplação 
de seus despojos carnais; Espíritos com maior entendimento, pedem q usemos 
o dinheiro das flores em alimento aos pobres. Portanto, usemos o bom senso em nossas homenagens. Com a certeza que ELES VIVEM. E se eles vivem, nós tam-
bém viveremos. E é nessa certeza que devemos aproveitar integralmente o tempo 
que estivermos encarnados, nos esforçando para oferecer o melhor de nós em 
favor da edificação humana. Só assim, teremos um feliz retorno à pátria espiritual.


Compilação de Rudymara
Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC 







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