sexta-feira, 22 de março de 2013

O que acontece com o espírito durante um coma profundo?




Partindo do princípio da reencarnação nosso espírito é eterno e sobrevive após à morte. Tivemos muitas vidas e reencarnaremos seguidamente até atingir a perfeição. Seja na Terra ou em outros mundos.

O sofrimento não é um castigo divino, mas uma consequência dos nossos atos impensados ou egoístas. O sofrimento pode ser opcional. Se nós repararmos o erro não teremos necessidade de sofrer.Podemos pagar o Mal com o Bem.Mesmo as provas mais dolorosas tem como fim a libertação do espírito e sua evolução.

A nossa matéria ainda é muito grosseira. Ela abriga o períspirito e o espírito. O períspirito é uma espécie de invólucro semi-material que envolve a matéria. Para entender melhor imagine as várias camadas de uma cebola descascada.

O espírito é nossa essência mais pura. O períspirito adquire a forma da encarnação atual. Após à morte, dependendo da sua evolução, pode mudar sua aparência.Geralmente,mantém a aparência da sua última encarnação na Terra para ser reconhecido por seus parentes através da mediunidade de vidência, psicofonia, ou psicografia.

O espírito plasma essa mudança através do processo mental.Uma característica de espíritos mais evoluídos. Espíritos atrasados têm dificuldades em atravessar paredes e portas.Seu períspirito ainda é muito grosseiro.A aparência de um espírito desencarnado provém de sua evolução espiritual. Um espírito evoluído sempre tem muita luz e o médium sente bem estar quando o vê ou sente sua presença.

A doença aparece por conta de karmas negativos contraídos na vida atual ou vidas passadas.Pode ser a consequência de uma vida desregrada, ambiente e alimentação. Mas Deus nos deu a cura e reabilitação através da ciência, medicina, dos medicamentos.

O que acontece quando uma pessoa adoece e entra em coma no hospital? Seja pela própria doença ou por coma induzido. O coma induzido é aquele provocado por medicações fortes para auxiliar no tratamento médico. Algumas doenças cerebrais podem provocar o coma, acidentes e outros males. Algumas pessoas permanecem em coma por muitos dias e até anos. Parecem dormir e algumas precisam de auxílio de máquinas até para respiração.

Algumas voltam à consciência, outras não. Quando os neurônios morrem o restabelecimento é impossível. Algumas famílias , nesse momento de dor, doam os órgãos sadios do familiar querido. Essa atitude tem salvado muitas vidas através dos transplantes.

A pessoa pode sentir o carinho e ouvir os entes queridos mesmo estando inconsciente. Seu corpo material dorme, mas o espírito permanece desperto.Conversam com parentes desencarnados e seu espírito pode se deslocar para outros planos. Outras ficam ao lado do corpo e observam tudo o que acontece à sua volta: o movimento dos médicos e enfermeiros no hospital e os ruídos naturais de uma U.T.I ,etc. Sentem as emoções, mas não conseguem expressá-las. O corpo jaz imóvel no leito.

A diferença é a lembrança. Soube de um rapaz que sofreu um acidente de moto e ficou em coma por alguns dias. Quando acordou do coma se lembrou das conversas entre os médicos e sentiu o sofrimento dos entes queridos. E descreveu uma cena de uma encarnação passada com muitos detalhes.

O corpo dorme, mas o espírito fica alerta. Conversar com o doente pode ajudar na sua recuperação. Mesmo que ele não mova um músculo, sentirá o seu carinho.

Algumas pessoas ficam em coma por vários anos e , mesmo , após o desligamento das máquinas , continuam vivas. Pode ser uma prova que elas mesmo escolheram quando programaram sua reencarnação. Ou até um repouso para a matéria e fase de reflexão para o espírito.

Algumas pessoas despertam do estado de coma e não tem lembrança desse período.O estado de coma é um sono longo e profundo.

Quando dormimos nosso espírito sai do corpo e pode entrar em contato com entes queridos em outros planos siderais.

A prece e o carinho da família podem acelerar o processo de cura. Um lindo filme onde você aprenderá muito sobre a vida eterna e a liberdade do espírito.






sábado, 16 de março de 2013

Problemas Pessoais



Os teus são problemas iguais aos de todas as pessoas. Por mais te creias infeliz, há outros que jazem em grabatos de maiores dores ou que estão encurralados em sombras mais espessas. Mesmo que teimes em ignorar, desfilam ao teu lado na passarela da ilusão os campeões do infortúnio e brilham nas disputas sociais os ases do sofrimento sob cargas de desespero que não suportarias.

Os teus são os problemas do quotidiano, que todos experimentam, mas que se avolumam e agravam por leviandade ou rebeldia da tua parte.
Não desconheces que o renascimento é condição impostergável e que ele é exigido a todos os espíritos endividados para benefício deles mesmos. Ao revés de punição é precioso auxílio que lhes faculta liberação dos pesados débitos contraídos nos dias da ignorância.
Nenhum de nós tem estado isento de ressarcir… Trânsfugas da reta conduta, somos o que merecemos. A exceção única é Jesus, nosso Modelo e Guia. Mesmo assim, Ele enfrentou problemas sobre problemas até o triunfo na Ressurreição.
*

A semente que se beneficia e se desdobra no solo fértil enfrenta o problema da terra que a esmaga.
O rio cantarolante, que esparze linfa preciosa para a manutenção da vida, experimenta o problema do leito em que corre.
A ave, que chilreia e adorna a natureza, padece o problema da subsistência e do agasalho.
A flor, que aromatiza, sofre o problema do inseto que lhe suga a vitalidade e a fecunda com outro pólen.
A vida em todas as manifestações é uma sucessão de testes e exames a que são submetidos os aprendizes da evolução.
“. (Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 2º – Item 7.)
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 7.





Os Fluidos



No movimento espírita existe muita confusão sobre os fluidos, pois há muita literatura e diversos autores tratando o assunto com nomes diferentes dando a aparência de serem fluidos diferentes, mas na realidade são sinônimos.
Assim como perispírito é para os espíritas, Paulo o nomina de Corpo Espiritual ou da ressurreição, o mesmo que os egípcios chamam de Ka.



Temos o FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL.


Que para o espiritismo é o principio de toda a matéria existente no universo, esse fluido na primeira metade do século XX ele foi denominado pela Física como Éter, e depois a tese do Éter foi derrubada e no inicio do Século 21 é sabido de alguns físicos levantarem a tese do Glun que seria uma nova forma de entendimento, o Glun significa cola, seria o fluido responsável pela união da matéria.
Sendo assim:



27. Haveria, assim, dois elementos gerais do Universo; a matéria e o espírito?
– Sim, e acima de ambos Deus, o Criador, o pai de todas as coisas. Essas três coisas são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material é necessário ajuntar o fluido universal, que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, demasiado grosseira para que o espírito possa exercer alguma ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, se pudesse considerá-lo como elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se fosse simplesmente matéria, não haveria razão para que o espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria; susceptível, em suas inumeráveis combinações com esta, e sob a ação do espírito, de produzir infinita variedade de coisas, das quais não conheceis mais do que uma ínfima parte. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elemento, sendo o agente de que o espírito se serve, é o princípio sem o qual a matéria permaneceria em perpétuo estado de dispersão e não adquiriria jamais as propriedades que a gravidade


-27a. Seria esse fluido o que designamos por eletricidade?


Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações. que chamais fluido elétrico, fluido magnético são modificações do fluido universal, que é, propriamente falado, uma matéria mais perfeita, mais sutil, que se pode considerar como independente.


29. A ponderabilidade é atributo essencial da matéria?

– Da matéria como a entendeis, sim; mas não da matéria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que forma esse fluido é imponderável para vós, mas nem por isso deixa de ser : o princípio da vossa matéria ponderável.


A ponderabilidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, não há peso, da mesma maneira que não há alto nem baixo.





30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?

– De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais como corpos simples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva.


Temos assim um fluido primitivo e de que suas modificações temos os Fluido Vital e o Fluido chamado de Espiritual que como vemos é uma forma de matéria.



33. A mesma matéria elementar é susceptível de passar por todas as modificações e adquirir todas as propriedades?
– Sim, e é isso que deveis entender, quando dizemos que tudo está em tudo. (1)
O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono, e todos os corpos que consideramos simples, não são mais do que modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade, em que nos encontramos ainda, de remontar de outra maneira, que não pelo pensamento, a essa matéria, esses corpos são para nós verdadeiros elementos, e podemos, sem maiores consequências, considerá-los assim até nova ordem
.


Nota de J. Herculano Pires:
1. Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores, que consiste em se dar, pela vontade, a uma substância qualquer, à água, por exemplo, as mais diversas propriedades: um gosto determinado. e mesmo as qualidades ativas de outras substâncias. Só havendo um elemento primitivo, e as modificações dos diferentes corpos sendo apenas modificações desse elemento, resulta que a mais inofensiva substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Assim, a água, que é formada de uma parte de oxigênio e duas de hidrogênio, torna-se corrosiva, se duplicarmos a proporção do oxigênio. Uma modificação análoga pode produzir-se pela ação magnética dirigida pela vontade.




FLUIDO VITAL


60. É a mesma a força que une os elementos materiais nos corpos orgânicos e inorgânicos?


– Sim, a lei de atração é a mesma para todos.

61. Há uma diferença entre a matéria dos corpos orgânicos e inorgânicos?
– E sempre a mesma matéria, mas nos corpos orgânicos é animalizada.
62. Qual a causa da animalização da matéria?
– Sua união com o princípio vital.
63. O princípio vital é propriedade de um agente especial, ou apenas da matéria organizada; numa palavra, é um efeito ou uma causa?

– É uma e outra coisa. A vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a matéria. Esse agente, sem a matéria, não é vida, da mesma forma que a matéria não pode viver sem ele. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.

64. Vimos que o espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital formaria um terceiro?
– E um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas tem a sua fonte nas modificações da matéria universal. E um elemento, para vós, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois todos procedem de um mesmo princípio.
64-a. Parece resultar daí que a vitalidade não tem como princípio um agente primitivo distinto, sendo antes uma propriedade especial da matéria universal, devida a certas modificações desta?
– É essa a conseqüência do que dissemos.


1. O princípio vital reside num dos corpos que conhecemos?

– Ele tem como fonte o fluido universal; é o que chamais fluido magnético ou fluido elétrico animalizado. É o intermediário, o liame entre o espírito e a matéria.


1. O princípio vital é o mesmo para todos os seres orgânicos?

– Sim, modificado segundo as espécies. E ele que lhes dá movimento e atividade, e
os distingue da matéria inerte: pois o movimento da matéria não é a vida; ela recebe esse movimento, não o produz.



67. A vitalidade é um atributo permanente do agente vital, ou somente se desenvolve com o funcionamento dos órgãos?

– Desenvolve-se com o corpo. Não dissemos que esse agente, sem a matéria, não é vida? É necessária a união de ambos para produzir a vida.


67-a. Podemos dizer que a vitalidade permanece latente, quando o agente vital ainda não se uniu ao corpo?

- Sim, é isso.
O conjunto dos órgãos constitui uma espécie de mecanismo, impulsionado pela atividade íntima ou princípio vital, que neles existe. O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo em que o agente vital impulsiona os órgãos, a ação destes entretém e desenvolve o agente vital, mais ou menos como o atrito produz o calor.

Podemos em uma pálida comparação dizer que o fluido vital é o semelhante ao que o combustível para o motor que faz com que ponha o carro em movimento, sem o combustível o carro não anda.
Mas para o espirito ele funciona,ele vai além ele além de proporcionar vida aos órgãos do corpo físico ele prende o espirito ao corpo.
Tanto que a morte pelo esgotamento deste fluido se dá porque o corpo não consegue mais manter o espirito preso.
Este fluido pode ser doado, transmitido e ou exteriorizado...
Dado a pesquisa de Mesmer pela cura este fluido foi chamado por ele de fluido magnético,, e a imposição de mãos para a cura e hipnose era chamado de magnetismo. Assim sendo o magnetismo de Mesmer foi o precursor do que os espiritas da atualidade de fluido-terapia ou terapia pelos passes, e o que algumas ciência utilizam chamando de hipnose.
Já Charles Richet ao estudar este fluido chamou-o de ectoplasma...
Então recapitulando, o fluido cósmico universal seria a matéria prima de todo fluido existente no universo, e de toda matéria tangível e intangível do universo...
Ao longo doa anos temos estudado diversos livros de origem mediúnica ou de estudo destes e percebi que sua descrição levava a dois o Fluido Vital e Fluido Espiritual ambos são derivados do fluido cósmico universal.
E se percebemos os Espíritos ensinarem a Allan Kardec e a nós por consequência, que : O fluido cósmico tem a mesma função para o espirito que o fluido vital tem para o perispirito, o de unir, só que enquanto o primeiro une indeterminadamente, o segundo prende por um tempo previsível.
Percebe o quanto temos ainda que pensar sobre o conteúdo doutrinário?
Sem que fechemos questões com acréscimo de terminologias á doutrina.
O quanto precisamos investigar para basificar nossas teses para que não sejam apressadas?



Bibliografia : Livro dos Espíritos edição FEESP e Tradução de J.Herculano Pires.






terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO de Kardec a Chico Xavier



As razões dessa história

Galeria de Valois, no Palais Royal, local de lançamento de O Livros dos Espíritos em 1857.





Por que o Espiritismo praticamente desapareceu na França e se expandiu tanto no Brasil?

Sendo um movimento que teve tanta repercussão em sua época e nas décadas seguintes, por que é sistematicamente ignorado pela historiografia contemporânea?

Por que o Espiritismo não é citado nem reconhecido como um dos capítulos mais críticos da história do Cristianismo?

Como explicar tantas diferenças de concepção doutrinária e múltiplas tendências no Movimento Espírita?

Quais são as raízes ideológicas do Espiritismo e por que a doutrina ainda sofre tantas resistências no seu aspecto moral, inclusive entre os espíritas?

Que nomes são verdadeiramente significativos e inovadores na História do Movimento Espírita?

Discutir e tentar responder essas perguntas são os principais objetivos deste livro, não economizando para tanto, argumentos, fatos e uma vasta documentação histórica.

Desde 1926, com a publicação do clássico The History of Spiritualism, de Sir Artur Conan Doyle, não tínhamos um relato tão amplo e atualizado sobre os eventos históricos do Espiritismo e das intensas transformações ocorridas no Movimento Espírita após o desencarne de Allan Kardec, em 1869.

Mesmo assim, não só a comunidade espírita e espiritualista internacional, mas também o universo acadêmico das ciências humanas, reclamavam a falta de um trabalho que fosse ao mesmo tempo abrangente e síntese historiográfica, preenchendo o enorme vácuo deixado pelo célebre escritor inglês.

Como o próprio autor afirma em sua introdução, este estudo está longe de ser a obra definitiva sobre o assunto, mas certamente é, até agora, a continuidade de uma construção histórica e uma boa oportunidade para compreendermos o passado, o presente e o futuro do Espiritismo.


O que deve ser a história do Espiritismo




“A propósito dessa história, sobre a qual dissemos algumas palavras, várias pessoas nos perguntaram o que compreenderia ela e, a propósito, nos enviaram diversos relatos de manifestações. Aos que pensaram assim trazer uma pedra ao edifício, agradecemos a intenção, mas diremos que se trata de algo mais sério que um catálogo de fenômenos espíritas, encontradiço em muitas obras.

Tendo que se destacar o Espiritismo nos fastos da humanidade, será interessante para as gerações futuras saber porque meios ter-se-á ele se estabelecido. Será, pois, a história das peripécias que tiverem assinalado os seus primeiros passos; das lutas que tiver enfrentado; dos entraves que lhe terão oposto; de sua marcha progressiva no mundo inteiro.

O verdadeiro mérito é modesto e não busca fazer-se valer.

É preciso que a humanidade conheça os nomes dos primeiros pioneiros da obra, daqueles cuja abnegação e devotamento merecerão ser inscritos em seus anais; das cidades que marcharam na vanguarda; dos que sofreram pela causa, a fim de que os abençoem; e dos que fizeram sofrer, a fim de que orem, para que sejam perdoados; numa palavra, de seus amigos dedicados e de seus inimigos confessos ou ocultos.

É preciso que a intriga e a ambição não usurpem o lugar que lhes pertence, nem um reconhecimento e uma honra que lhes não são devidos. Se há Judas, devem ser desmascarados. Uma parte que não será menos importante é a das revelações que, seguidamente, anunciaram todas as fases dessa nova era e os acontecimentos de toda a ordem, que as acompanharam.

Aos que achassem a tarefa presunçosa, diremos que não temos outro mérito senão o de possuir, por nossa posição excepcional, documentos que não pertencem a ninguém e que estão ao abrigo de quaisquer eventualidades; que, incontestavelmente, estando o Espiritismo sendo chamado a desempenhar um grande papel na História, importa que seu papel não seja desnaturado, e opor uma história autêntica às histórias apócrifas que o interesse pessoal poderia fabricar.

Quando aparecerá ela?

Não será tão cedo e talvez não em nossa encarnação, pois não se destina a satisfazer a curiosidade do momento. Se dela falamos por antecipação, é para que ninguém se equivoque quanto ao seu objetivo e seja anotada a nossa intenção. Aliás, o Espiritismo está em começo e muitas outras coisas terão passado até lá. Então, é preciso esperar que cada um tenha tomado o seu lugar, certo ou errado.”



Allan Kardec - Revista Espírita – ANO V, outubro de 1862


Um história em construção




Escrever uma história do Espiritismo implica remover alguns obstáculos que estão além da capacidade de síntese e conhecimento dos principais fatos da memória do movimento espírita.

Quando Allan Kardec publicou o texto “O que deve ser a história do Espiritismo”, ele nem imaginava que, ao invés de contribuir para o estabelecimento de diretrizes historiográficas, o seu inesquecível artigo da Revista Espírita causaria no futuro, entre os intelectuais espíritas, um enorme receio quanto à responsabilidade de assumir essa tarefa. Desencarnado, continuou tendo a mesma opinião acerca desses critérios, segundo indica o conteúdo da mensagem mediúnica inserida em Obras Póstumas por P.G. Leymarie, como complemento do texto “Os desertores”.

Por que tanto receio?

É simples: a historiografia é essencialmente ideológica e isso faz com que todos os trabalhos sejam suspeitos quanto à imagem tradicional e idealizada de neutralidade científica que deveria ter o historiador. E aqueles que se dispõem a produzir tal conhecimento acabam tornando-se referências e paradigmas, sejam como modelos ou como alvos de críticas, ainda que de natureza filosófica.

Conan Doyle, por exemplo, procurou ser imparcial e concentrou-se no aspecto fenomenal, a fase primitiva do movimento, colocando Kardec e a filosofia espírita num segundo plano. Não cometeu nenhum erro, mas simplesmente seguiu uma tendência de sua época, bastante atingida pelo ceticismo e pelo etnocentrismo cultural europeu e britânico. Seu grande mérito foi o pioneirismo e até hoje, após 80 anos, sua obra continua sendo uma grande referência, como foi anotado por seu tradutor brasileiro, Júlio Abreu filho: “Pode-se dizer que é a única História do Espiritismo surgida até agora. Fora dela o que apareceu até aqui não passa de estudo limitado no tempo e no espaço e que, de formal alguma pode emparelhar-se com o presente volume, onde, além da história descritiva, se encontra, realmente, muito da filosofia da história do Espiritismo”.

Canuto Abreu produziu textos interessantíssimos sobre as raízes da doutrina e do Codificador e, a partir disso, gerou-se uma grande expectativa sobre suas descobertas documentais, realizadas antes da II Grande Guerra, na sua famosa visita a Maison des Spirites. Da propaganda da sua vasta pesquisa permaneceu no ar a curiosidade pelas revelações históricas e a promessa de uma síntese. Seu trabalho biográfico sobre Bezerra de Menezes tinha, na verdade, a clara intenção de contar a história do movimento espírita brasileiro, mas recebeu dele mesmo apenas o tímido status de “subsídios”.

J. Herculano Pires - outra grande esperança – vasculhou quase tudo a respeito da doutrina, a ponto de ser definido pelo Espírito Emmanuel como “o melhor metro que mediu Kardec”. Sua introdução histórica em “O Espírito e o Tempo” e “Curso Dinâmico de Espiritismo”, bem como outros inúmeros textos sobre o assunto, embora de grande valor referencial, permanecem soltos e dispersos, carentes de uma unidade. Ele tinha condições intelectuais de sobra para realizar essa empreitada, mas receava, possivelmente, por não se considerar um “especialista”, estar se precipitando no tempo e ser mal interpretado pelos próprios companheiros de ideal.

Também as inúmeras biografias e cronologias sobre os grandes vultos e acontecimentos espíritas, igualmente valiosas como fontes, não conseguiram preencher essa lacuna. São reportagens curiosas, ricas em fatos, porém, falta nelas a literatura do especialista, o texto do autêntico historiador, do “métier”, conhecedor do ambiente acadêmico e iniciado no espírito da “filosofia da história”.

São essas marcas que geralmente encontramos nas grandes obras do gênero e nas múltiplas tendências da historiografia, porém ainda ausentes na produção espírita.

Allan Kardec, pela sua magnífica inteligência, ampla formação cultural e também pela sua experiência na manipulação seletiva de fontes, embora não freqüentando os bancos de um curso de História, possuía forte potencial para o ofício de historiador. Mas, no caso dele, era preciso realmente continuar sendo cauteloso, pois na sua época ainda circulava nos meios intelectuais a obra influente de Michelet e fazia grande sucesso o estilo demolidor de Ernest Renan e dos seus pares da Alta Crítica da Bíblia. Sem dúvida, o grande legado de Kardec permaneceu guardado nas páginas da sua “Revista Espírita”, principal fonte da memória dos primeiros períodos do Espiritismo.

Este tem sido o tratamento que vem sendo dado à história do Espiritismo: muitas promessas, algumas tentativas, incontáveis ensaios, o medo persistente de assumir essa grande responsabilidade de satisfazer as expectativas deixadas pelo Codificador e o olhar atento dos críticos e dos inimigos da Verdade.

Com certeza, não tratamos aqui de tudo o que representa o universo do Espiritismo e do seu movimento social, nem conseguimos responder plenamente todas as questões que o assunto levanta. Seguindo o exemplo dos nossos antecessores, fornecemos somente mais alguns “subsídios” para entendermos as origens e os rumos que o movimento espírita vem tomando.

Tanto o leitor espírita quanto o não iniciado vão perceber que muitas informações citadas são da esfera do conhecimento revelado, combinado com as chamadas informações científicas, que são de maior facilidade de comprovação material.

Não temos essa pretensão científica, nem tal interesse, porque muito já foi escrito e comprovado nesse setor, restando apenas o problema ideológico da aceitação pessoal ou não dos fatos. A revelação é, portanto, não somente um problema de caráter lógico, de ciência, mas também de foro íntimo e psicológico. A pesquisa histórica é uma atividade essencialmente científica, mas a historiografia vai além dos instrumentos técnicos da coleta de informações e da organização de dados; ela é a síntese do conhecimento histórico e sua elaboração ocorre sob o efeito intelecto-emocional da expressão literária. A pesquisa é o meio e a historiografia é o fim; a pesquisa é a técnica e o método de acesso seguro, pelos documentos, aos portais da memória; a historiografia é a arte narrar essas revelações do tempo passado. Não foi por outro motivo que os gregos atribuíam aos historiadores a tarefa de imortalizar os fatos, os heróis e seus atos, sob a proteção e inspiração da titã Mnemósine e da sua filha Clio.



Outra característica que leitor vai perceber também é uma grande quantidade de citações (algumas muito extensas), em todos os capítulos. São documentos[1] que dão melhor autenticidade aos fatos narrados e facilitam a comparação das idéias. Mesmo assim, apresentamos um texto mais objetivo e didático; e nas entrelinhas, o enfoque idealizado da doutrina como marcas pessoais do autor. Como se sabe, não existe historiografia e historiadores totalmente imparciais e neutros, daí a ênfase em alguns assuntos e personagens que falam mais alto e esta forma de entender e praticar essas idéias.

Conhecemos as virtudes da obra, que são as virtudes dos fatos e dos personagens, porém desconhecemos muitos dos seus defeitos, que certamente são os nossos. Assim, as opiniões e críticas serão sempre contribuições enriquecedoras, mesmo porque este trabalho continuará sempre em processo de construção, como a própria história do Espiritismo.






Dalmo Duque dos Santos
[1] Este não é um trabalho historiográfico tradicional, de estilo positivista ou marxista, cuja rigidez narrativa quase sempre se atém nas fontes documentais ou na interpretação materialista e sócio-econômica dos fenômenos. Muitos dos documentos que utilizamos são na sua maioria de conhecimento revelado; mesmo assim, não perdem o seu valor, ainda que cultural e de mentalidades, para aqueles que não aceitam os princípios espíritas, sobretudo a sobrevivência e a comunicação da alma após a morte.



CRONOLOGIA ILUSTRADA: Primeira Parte 1733-1869


Paris em tempo chuvoso, por Gustave Cailebotte, 1877


Fenômenos e Precursores




1733 – Nasce na Áustria Franz Anton Mesmer, pioneiro das experiências de magnetismo.

1744 – Em Londres, o sueco Emmanuel Swedenborg tem suas primeiras visões do mundo espiritual, descritas em várias de suas obras.

1746 – Nasce na Suíça o educador Johann Heinrich Pestalozzi, mestre de Allan Kardec.

1761 – Em Dibbelsdorf, Alemanha, na casa do Sr. Kettelhut, surge as primeiras manifestações de Espíritos batedores.


Durante a Revolução Francesa




1775 – Nasce na Alemanha Christian Friedrich Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia.

1788 – Numa reunião de aristocratas em Paris o médium Jacques Cazotte realiza suas fatídicas premonições sobre os destinos dos convidados nas tragédias da Revolução Francesa.

1792 – Em pleno período do Terror, Jacques Cazotte é executado na guilhotina.

1795 – O Conde Alessandro Cagliostro, médium clarividente, torna-se a última vítima de pena de morte pela Inquisição, depois de uma longa agitada trajetória na Corte de Luís XVI. Nasce, em 23 de novembro, Amélie Gabrielle Boudet, a futura esposa e colaboradora de Allan Kardec.


Na Era Napoleônica



1802 – Nasce na França o romancista Victor Hugo.

1804 – Nasce no dia 3 de outubro, na cidade de Lyon, Hippolyte Léon Denizard Rivail. No registro de nascimento consta a data do calendário criado pela Revolução Francesa: 12 do “vindemiário” do ano XIII. No mesmo ano, Napoleão Bonaparte é sagrado imperador pelo papa Pio VII.

1805 – Napoleão decreta o Bloqueio Continental. Chateaubriand publica Atala e René, dando sequência aos temas do cristianismo católico: Atala (1801) e O Gênio do Cristianismo (1802). É criado em Yverdon, na Suíça, o instituto educacional de Johann Heinrich Pestalozzi (1746- 1729).

1806 – Hegel publica Fenomenologia do Espírito.

1808 – O filósofo Johann Gottlieb Fichte declara em um de seus discursos: “Do Instituto de Pestalozzi espero a salvação da Alemanha”. Obedecendo às pressões inglesas e aos efeitos da expansão napoleônica, a família real portuguesa desembarca no Brasil. D. João VI decreta a abertura dos portos às nações amigas. Era o início do longo processo de Independência do Brasil.

1809 – Lamarck elabora a primeira teoria sobre a evolução das espécies. Chateaubriand publica Os Mártires. Nasce em Lyon Benoît-Jules Mure.

A Nova Ordem Européia




1810 – Nasce em Varsóvia o compositor Frédéric Chopin. É criada a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

1814 – Aos dez anos de idade, Rivail é transferido para Suíça, em Yverdon, para completar seus estudos no famoso Instituto de Johann Heinrich Pestalozzi . Derrotado um ano antes em Leipzig, Napoleão abdica e é exilado na Ilha de Elba.

1815 – O Congresso de Viena reorganiza o mapa político da Europa e cria uma nova Ordem Mundial. Rivail é admitido como aluno no Instituto Pestalozzi.


O advento do Mesmerismo




1818 – Rivail diploma-se com notável formação intelectual, incluindo o domínio de vários idiomas.

1819 – Rivail atua como professor assistente em Yverdon. Nasce José Maria Fernandez Colavida, futuro tradutor das obras de Kardec na Espanha.

1820 – Rivail interessa-se pelas pesquisas de Mesmer sobre magnetismo animal.

1821 – D. João VI retorna para Portugal e jura uma Constituição Liberal.

1822 – Joseph Nicéphore inventa a fotografia. Nasce na França o químico e microbiologista Louis Pasteur. D. Pedro I declara a Independência do Brasil e torna-se imperador.

1823 – Já vivendo em Paris, aos 18 anos, Rivail publica seu primeiro trabalho pedagógico: Curso Prático e Teórico de Aritmética. D.Pedro I inicia seus conflitos com a elite brasileira através da “Noite da Agonia”.


Fenômenos na Alemanha








1824 – D. Pedro I outorga a primeira e mais duradoura Constituição Brasileira, cujas marcas são o Poder Moderador e o Padroado sobre a Igreja Católica.

1825 – Nasce, no Rio de Janeiro, D. Pedro II. Rivail funda em Paris a sua “École de Premier Degré”. Nasce na Bahia Luiz Olímpio Telles de Menezes.

1826 – Em Prevost, Alemanha, a médium Sra. Hauffe começa a ser estudada pelo Dr. Justinus Kerner. Nasce em Blooming Grove, EUA, o médium Andrew Jackson Davis e na França o editor Pierre Gaëtan Leymarie.

1827 – Desencarna o compositor alemão Ludwig Van Beethoven, o mais influente do século.

1828 – Rivail apresenta o “Plano de Aperfeiçoamento de Instrução Pública”.

1830 – Carlos X decreta as ordenações de julho e uma revolução liberal provoca a morte de duas mil pessoas em Paris. Carlos X abdica e Luís Felipe sobe ao trono da França. Stendhal escreve O Vermelho e o Negro. Nasce nos EUA a poetisa Emily Dickinson. Comte inicia a publicação do Curso de Filosofia Positiva.


Fenômenos nas Igrejas Protestantes




1831 – Rivail publica Gramática Francesa Clássica e também é premiado pela Academia Real d’Arras. D. Pedro I abdica do trono do Brasil e retorna para Portugal. Tem início o conturbado Período Regencial. Nasce no Brasil, em Riacho do Sangue, Ceará, Adolfo Bezerra de Menezes. Na Escócia o pastor Edward Irving registra em sua igreja um surto mediúnico onde os adeptos falam diversas línguas, semelhante ao episódio do pentecostes.

1832 – Rivail casa-se com Amélie Gabrielle Boudet. Nasce na Inglaterra o físico-químico William Crookes. O papa Gregório XVI publica a encíclica Mirari vos, contra o Liberalismo. Benoît Mure interessa-se pela homeopatia ao ler L´Organon.

Mudanças na vida de Rivail




1833 – Nasce na Inglaterra o médium Daniel Douglas Home.

1834 – Nasce em Sergipe o médium e escritor espírita Francisco Leite Bittencourt Sampaio.

1835 – Nasce, em Verona, na Itália, o médico e antropologista César Lombroso. Nasce na Espanha Amália Domingo Y Soler. Na Província do Pará estoura a Cabanagem. Na Bahia eclode a Sabinada e Rio Grande do Sul a rebelião separatista dos Farrapos. Rivail fecha seu estabelecimento de ensino e passa a trabalhar como contador e tradutor. Nasce Frederico Augusto da Silva, fundador da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.


Mediunismo entre os shakers



1837 – Na Califórnia, EUA, um grupo da seita shakers é abordado por Espíritos indígenas “peles-vermelhas”, que se manifestariam durante sete anos pela mediunidade dos adeptos. Tem início a Era Vitoriana, período que marcará o apogeu do Império Britânico. Nessa época se destacam as descobertas de Michael Faraday sobre eletricidade e eletromagnetismo. Charles Dickens publica Oliver Twist. Nasce na Bahia o pioneiro espírita Júlio César Leal.

1838 – Explode no Maranhão a rebelião da Balaiada, com ampla participação das camadas populares.

1839 – Nasce em Águas Santas, Portugal, Antônio Gonçalves da Silva (Batuíra). Nasce nos EUA o médium Erastus Davenport. Nasce na Inglaterra o pastor protestante e pesquisador espírita Stainton Moses. Mure, Jahr e Croserio fundam o Instituto Homeopático da França.



 A Homeopatia chega ao Brasil

1840 – Benoît Mure inicia no Brasil a propaganda da Homeopatia com o slogan “Deus, Cristo e Caridade”. D. Pedro II é sagrado e coroado imperador do Brasil. Na França a sonâmbula Adèle Maginot, sob a orientação de Affonse Cahagnet, obtém diversas comunicações com Espíritos.







1841 – Benoît Mure converte para a homeopatia o médico José de Gama e Castro. Tem início os preparativos da colonização do Falanstério do Saí.

1842 – Nasce na França o astrônomo Camille Flammarion, “o poeta dos céus”. Nasce nos EUA o médium Henry Davenport.


A Era do Telegrafo





1843 – Nasce na Inglaterra o pesquisador Frederic William Myers. Desencarna em Paris Samuel Hanhnemann.

1844 – Andrew Jackson Davis relata suas primeiras experiências mediúnicas e prenuncia os fenômenos de Hydesville. Mariano José Pereira da Fonseca (Marquês de Maricá) publica Pensamentos e Reflexões, obra brasileira precursora da filosofia espírita. Samuel Finley Breese Morse instala o primeiro telégrafo elétrico nos EUA. Nasce o pesquisador espiritualista britânico Sir Willian Barret. Benoît Mure funda a Escola Homeopática do Rio de Janeiro.

1845 – O “Bill Aberdeen” inglês passa a reprimir o tráfico internacional de escravos. No distrito de Mata de São João foram registradas oficialmente as primeiras manifestações espíritas no Brasil. O cirurgião Vicente João Martins realiza em si próprio experiências de envenenamento e cura pela homeopatia.


Os fenômenos de Hydesville




1846 – Rivail publica o Manual dos Exames para Obtenção dos Diplomas de Capacidades. Nasce em Lorenz o escritor Léon Denis. Dostoievski estréia na literatura com o romance Pobres diabos.

1847 – É instituído o sistema parlamentarista no Brasil. Nos EUA Andrew Jackson Davis recebe em transe “The Principles of Nature, her Divine Revelation”, predizendo o nascimento do Espiritismo.

1848 – Rivail publica o Catecismo Gramatical da Língua Francesa. São registrados em Hydesville, nos EUA, os primeiros fenômenos espíritas na residência de uma família metodista, os Fox. É também o ano da revolução: Karl Marx e Friedrich Engels publicam o “Manifesto Comunista”. Luís Felipe abdica e a França forma a Segunda República. Benoît Mure deixa o Brasil para difundir a homeopatia na África.


Os efeitos físicos de D.D. Home



1849 – Rivail torna-se professor no Liceu Polimático, lecionando nas cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Publica Ditados Normais dos Exames na Municipalidade e na Sorbonne e Ditados Especiais sobre as Dificuldades Ortográficas. Fizeau descobre a velocidade da luz. Em Rochester, EUA, as irmãs Kate e Margareth Fox realizam no “Corinthian Hall” as primeiras demonstrações públicas dos fenômenos espíritas. Benoît Mure publica Patogenesia Brasileira e Doutrina da Escola Homeopática do Rio de Janeiro.



1850 - Manifesta-se nos EUA o médium Daniel Dunglas Home, causando grande impacto social. A lei Eusébio de Queirós proíbe o tráfico de escravos para o Brasil. Nasce em Paris Charles Richet. Chateaubriand publica Memórias de Além-Túmulo. Nasce o pioneiro espírita Aristides de Souza Spínola.






1851 – Napoleão III torna-se imperador da França. Nos EUA, o juiz materialista John Worth Edmonds admite publicamente a sua convicção sobre os fenômenos espíritas. Nasce na Inglaterra o pesquisador espiritualista Sir Oliver Lodge. Benoît Mure planeja uma nova colônia socialista no Sudão.






A febre das mesas-geirantes




1852 – É publicado nos EUA o primeiro jornal espiritualista do mundo: o “Spiritual Telegraph”. Comte publica o Catecismo Positivista. Na Alemanha um Espírito-batedor manifesta-se na casa do alfaiate Peter Sanger, em Berzabarn.

1853 – Os fenômenos das mesas-girantes tornam-se coqueluche em Paris. Giuseppe Verdi lança a ópera “La Traviatta”. No Ceará o Barão de Vasconcellos realiza em sua casa experiências psíquicas com as mesas. No Rio de Janeiro e em Salvador fundam-se os primeiros grupos de estudos de fenômenos “espíritas”, com a participação, na Corte, do Marquês de Olinda e do Visconde de Uberaba. Os bispos de Orleãs e Viviers anunciam a inclusão das obras espíritas no Index católico. Nasce no Rio de Janeiro Francisco de Menezes Dias da Cruz, médico e futuro presidente da FEB. Nasce o pioneiro e militante da FEB, Pedro Richard.

1854 – Rivail encontra-se com o Sr. Fortier, que lhe fala da “dança das mesas-inteligentes”. O Rio de Janeiro recebe a iluminação a gás. Nos EUA organiza-se uma sociedade para a difusão dos fenômenos espíritas, lideradas pelo juiz Edmonds e pelo governador Tallmadge, de Wisconsin. É fundado em Nova York o jornal “The Christian Spiritualist”.


O nascimento da Filosofia Espírita



1855 – Rivail participa, na residência da Sra. Plainemaison, das primeiras experiências com as “mesas-girantes”. Recebe de um grupo de pesquisadores 50 cadernos, contendo registros de comunicações mediúnicas. No mesmo ano entra em contato com seu Espírito protetor que lhe revela uma existência em comum entre os druidas gauleses com o nome de Allan Kardec. O químico Robert Hare publica nos EUA Experimental Investigation of the Spirit Manfestation.


1856 – Na residência do Sr. Baudin entra em contato com o Espírito de Verdade, que lhe adverte sobre um erro nos seus escritos. Na residência do Sr. Roustan, através da médium Mlle. Japhet recebeu pela primeira vez a revelação de sua missão. O Santo Ofício condena a prática das mesas girantes. Nasce, em Rezende, Rio de Janeiro, Anália Emília Franco. Nasce na Áustria Sigmund Freud. Nasce Gabriel Delanne, militante espírita desde a infância.





1857 – É publicada, no dia 18 de abril, a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Auguste Comte desencarna em Paris. Nasce em São Joaquim, Joaquim Antonio de São Tiago, pioneiro espírita em Santa Catarina. Rudolf Virchow publica na Alemanha Patologia Celular. Louis Pasteur publica em Paris Mémoire sur la fermentation applèe lactique. A França e a Inglaterra invadem a China, na corrida neocolonialista. Gustave Flaubert publica Madame Bovary, sendo processado por ofensa à moral pública e religiosa.


Kardec e a comunicação espírita




1858 – Início da publicação da “Revista Espírita”. É fundada, no dia 1º de abril, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Em Ouro Preto é publicado o jornal “A Caridade”. Benoît Mure desencarna no Cairo.

1859 – Kardec inicia as suas primeiras viagens de propaganda em Sens, Mácon, Lyon e Saint-Etienne. Nasce na Inglaterra o escritor e historiador Arthur Conan Doyle. Charles Darwin publica a sua teoria da Seleção Natural das Espécies. Nasce em Paris o filósofo Henri Bergson.

1860 – Surge no Brasil a primeira publicação espírita impressa no Brasil: “Lês temps sont arrivés” patrocinadas pelo professor Cassimir Lieutaud.

O Auto-de-fé de Barcelona




1861 – É publicado O Livro dos Médiuns. Na Espanha acontece a execução do Auto-de Fé de Barcelona, com a queima de um lote de várias obras espíritas encomendadas por Maurice Lachâtre.

1862 – Em sete semanas de viagens, Kardec percorre dezenas de lugares e discursa em 50 reuniões, em 20 cidades. Victor Hugo publica Os Miseráveis. Spencer publica sua teoria evolucionista. Nasce em Portugal o ativista e médium curador Inácio Bittencourt.

1863 – Ernest Renan publica A Vida de Jesus. Andrew Jackson Davis funda em Nova York o “Liceu Espiritualista”, baseado num modelo de escola visto no Plano Espiritual. Surge o primeiro núcleo precursor das futuras mocidades espíritas. O presidente Lincoln realiza sessões espíritas na Casa Branca.

O Espiritismo no Index Católico




1864 – É publicado O Evangelho segundo o Espiritismo. O papa Pio IX publica a Encíclica Quanta Cura, acompanhada da Syllabus, contra os 80 erros modernos. Os livros da Codificação são incluídos na lista proibitória da Sagrada Congregação do Index. Tolstoi publica Guerra e Paz.

1865 – Publicação de O Céu e o Inferno. Mendel lança sua teoria sobre a hereditariedade. O Dr. Luís Olímpio Telles de Menezes publica, no “Diário da Bahia”, réplica de um artigo desfavorável ao Espiritismo transcrito por aquele jornal da “Gazzette Médicale”. Nasce em Mato Grosso o marechal pacifista Cândido Mariano Rondon. Maurice Lachâtre lança Novo Dicionário Universal com a análise de mais de 400 mil obras, contendo também todos os termos do vocabulário espírita, redigidos por Allan Kardec. Em 17 de setembro, na Bahia, é dada oficialmente nos moldes kardecistas a primeira comunicação Espírita no Brasil, no Grupo Familiar do Espiritismo. Desencarna o editor e livreiro Pierre-Paul Didier.

1866 – Fatigado e já enfermo Kardec é aconselhado pelos Espíritos a se poupar.


Encerra-se a Missão de Allan Kardec




1867 – Kardec organiza coletas a favor dos desempregados e vítimas de catástrofes ou convulsões sociais. Marx lança o primeiro volume de O Capital. Bezerra de Menezes torna-se deputado na Assembléia Geral do Império.

1868 – É publicada A Gênese. Kardec escreve seu “Testamento Filosófico”. Nasce no Rio de Janeiro Cairbar de Souza Schutel.

1869 – Allan Kardec desencarna, em 31 de março, aos 65 anos, vítima da ruptura natural de um aneurisma. Pio IX convoca o Concílio Vaticano II e promulga o dogma da infalibilidade papal e da Igreja. Nasce na Índia o Mahatma Gandhi. É publicado na Bahia o primeiro periódico espírita brasileiro: “Eco de Além-Túmulo”.

CRONOLOGIA ILUSTRADA: Segunda Parte 1870-2010




O Espiritismo conquista a Ciência


1870 – A rápida Guerra Franco-Prussiana termina com a titulação de Guilherme I, como kaiser alemão no Palácio de Versalhes. Na Inglaterra, Willian Crookes inicia suas pesquisas sobre os fenômenos espíritas. Emma Harding publica nos EUA History of Modern American Espiritualism. Tropas brasileiras, argentinas e uruguaias ocupam Assunção. É inaugurado no cemitério Père-Lachaise o dólmen druida sob o túmulo de Allan kardec.


1871 – Explode a Comuna de Paris, uma insurreição popular contra a III República, reprimida com grande derramamento de sangue. Pierre-Gaëtan Leymarie torna-se editor da Revue Spirite. Willian Crookes entrega na Academia Real de Londres o relato de suas conclusões sobre a veracidade dos fenômenos espíritas.


1872 – O reverendo Stainton Moses começa a receber mensagens psicografadas na Inglaterra ressaltando a religiosidade do Espiritismo. Nasce na Boêmia Francisco Waldomiro Lorenz.

Provas materiais da imortalidade


1873 – É fundada em Londres a “British National Association of Spiritualists”. No Rio de Janeiro é fundada a “Sociedade de Estudos Espiríticos Grupo Confúcius”.

1874 – Nasce em Xirica, atual Eldorado, a poetisa Francisca Júlia da Silva. Alfred Russel Wallacerealiza o primeiro registro científico de fotografia de um Espírito materializado. Acontece a histórica sessão de materialização de despedida do Espírito Katie King.

1875 – Pierre-Gaëtan Leymarie, editor da “Revue Spirite” é processado e condenado a prisão por falsificação de fotografia de Espíritos. O Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro anuncia o aparecimento de O Livro dos Espíritos, em português; o Editor é o francês B. L. Garnier. Nasce no Maranhão José Olimpio Guillon Ribeiro, autor , tradutor e ex-presidente da FEB. Antonio Silva Neto funda no Rio a “Revista Espírita”, primeiro órgão carioca no gênero. Anália Franco torna-se a primeira mulher jornalista do Brasil.


O fim dos Processo dos Espíritas



1876 – É fundada no Rio de Janeiro a “Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade” sob a direção evangélica de Bittencourt Sampaio. Depois de cumprir pena de prisão, Leymarie é inocentado das acusações no caso das fotografias.

1877 – Tem início na Alemanha as históricas sessões com médium americano Henry Slade sob a direção do Prof. Frederich Zöllner. Na Argentina surge a Sociedade Espiritista “Constancia”. Nasce nos EUA, no Kentucky, o médium Edgar Cayce.

1878 – Nasce em Piracicaba Pedro de Camargo “Vinícius”.

Pedro II e o Espiritismo


1879 – Na Argentina Antonio Ugart funda a revista “La Fraternidad”. Nasce no Rio Grande do Sul o médico Oscar Rill Pithan.

1880 – No Rio de Janeiro surge o “Grupo dos Humildes”, dirigido por Antonio Sayão. Nos EUA Epes Sargent publica Bases Científicas do Espiritismo. Nasce, em Sacramento MG, Eurípedes Barsanulfo.

1881 – No Rio de Janeiro, no dia 28 de agosto, a polícia proíbe a realização de sessões da Sociedade “Deus, Cristo e Caridade”. D. Pedro II recebe em audiência uma comissão espírita. É realizado no Rio de Janeiro o I Congresso Espírita do Brasil.

O Reformador e a FEB


1882 – É criada na Inglaterra a “Society for Psycal Research”. Desencarna o pesquisador da imortalidade Johann Karl F. Zöllner.

1883 – Augusto Elias da Silva inicia no Rio de Janeiro a publicação de “O Reformador”. Desencarna Amélie Gabrielle Boudet. É fundada em Santos, SP, a Sociedade Espírita Anjo da Guarda.

1884 – É fundada a Federação Espírita Brasileira, tendo como órgão de comunicação a revista “O Reformador”. Na Inglaterra Stainton Moses funda a “Spiritualist Alliance”.


Bezerra de Menezes se torna espírita



1885 – Léon Denis publica na França o livro O Porquê da Vida. Desencarnam o escritor Victor Hugo e o pesquisador Louis Alphonse Cahagnet.

1886 – Bezerra de Menezes anuncia no Rio de Janeiro, no salão da FEB, na rua Guarda Velha, sua adesão ao Espiritismo. É fundado em Barra do Piraí, RJ, o Grêmio Espírita de Beneficência. Desencarna o médium Daniel D. Home.

1887 – O Jornal “O Paiz” passa a publicar os artigos doutrinários de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes. Ludwik Lejzer Zamenhof lança na Polônia o primeiro livro sobre o idioma Esperanto.


Fim da Escravidão no Brasil



1888 – A Lei Áurea extingue a escravidão no Brasil. A médium Eusápia Paladino inicia sua carreira sob a direção científica do Prof. Chiaia. Em Barcelona tem início o 1º Congresso Espírita Internacional, sobre a presidência do Visconde de Torres-Solano. Nasce em Botucatu o médium Carmilo Mirabelli.




1889 – É proclamada a República no Brasil. A família imperial se exila na França. Em Paris, no salão de festas da loja maçônica Grande Oriente da França, Léon Denis defende a tese kardequiana no 2º Congresso Espiritualista Internacional. O médium Frederico Júnior psicografa, na Sociedade Espírita Fraternidade, as “Instruções do Espírito de Allan Kardec”. Bezerra de Menezes funda o Centro Espírita do Brasil e, com Augusto Elias da Silva, a primeira Escola de Médiuns.

1890 – São publicadas na França as Obras Póstumas de Allan Kardec. Antonio Gonçalves “Batuíra” funda em São Paulo a revista “Verdade e Luz”. F. V. Lorenz publica, ainda na Boêmia, sua primeira obra em Esperanto.


Os fenômenos ainda causam espanto e perseguições


1891 – Paul Gibier publica na França O Espiritismo. César Lombroso inicia suas pesquisas comEusápia Paladino. No Brasil o novo Código Penal, redigido por Antonio Batista Pereira, enquadra genericamente a prática do Espiritismo como crime. Nascem o ativista Leopoldo Machado, o esperantista Ismael Gomes Braga e Maria da Cruz Xavier, colaboradora de Eurípedes Barsanulfo.

1892 – Surge em Madrid a revista “La Irradiacion”. No Rio de Janeiro é fundada a “Sociedade de Estudos Psíquicos”. Nasce em Taubaté o historiador espírita Silvino Canuto Abreu.




1893 – Gabriel Delanne publica na França “Le Phenomène Spirite”. Desencarna no Rio de Janeiro Luiz Olímpio Telles de Menezes. A Federação Espírita Brasileira é dominada pelo grupo dos “científicos”, que renegava as obras religiosas de Allan Kardec.

O Espiritismo no Teatro




1894 – Andrew Glendinning publica na Inglaterra The Veil Lifted, sobre fotografias de Espíritos. Charles Fristz funda na Bélgica o jornal “Spiritualism Modern”. Nasce, em Guaratinguetá, Edgard Armond. Elias da Silva, Fernandes Figueira e Alfredo Pereira iniciam a restauração doutrinária na FEB publicando em “O Reformador” um editorial intitulado “Sectarismo”. Antonio Alves da Fonseca, Leopoldo Cirne e João Lourenço de Souza ingressam nos quadros da FEB, representando o progresso nas áreas doutrinária, assistencial e de propaganda. Em 3 de agosto Bezerra de Menezes é eleito presidente da Federação Espírita Brasileira. Funda-se na França a revista “Le Progrés Spirit”. Os irmãos Lumière fazem, em Paris, a primeira exibição de Cinema.

1895 – Gabriel Delanne funda a “Revue Scientifique et Morale du Spuiritualism”. Joaquim Antonio de São Tiago funda o Centro Espírita Caridade de Jesus, em São Francisco do Sul-SC. O ativista negro Emídio João Paulo Ribeiro publica no Recife o jornal “O Espírita”.

1896 – É encenada no Teatro Renaissance, em Paris, a peça “Spiritisme”, de Victorien Sardou. É publicado em Taubaté-SP, o jornal “Alvião”.


Espiritismo no Triângulo Mineiro


1897 – Fernando Lacerda publica em Portugal “No País da Luz”, com mensagens mediúnicas de escritores lusitanos. Léon Denis publica na França “Cristianismo e Espiritismo”. É fundada a Livraria da Federação Espírita Brasileira.

1898 – Grabriel Delanne publica A alma é Imortal. É publicada em São Paulo a Revista de Estudos Psíquicos.

1899 – Cairbar Schutel torna-se prefeito e presidente da Câmara de Matão. Nasce, no dia 16 de abril, em Uberaba, a médium, Maria Modesto Cravo, precursora das atividades de Chico Xavier. 1900 – Desencarna no Rio de Janeiro o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Nasce em Valença, Rio de Janeiro, a médium Yvonne do Amaral Pereira.

Encerra-se a missão de Leymarie



1901 – Desencarna em Paris Pierre-Gaëtan Leymarie. É fundado no Rio de Janeiro o Grêmio de Propaganda Espírita Luz e Amor. Desencarna a poetiza Auta de Souza.

1902 – Nasce nos EUA Carl Ranson Rogers. É fundada a Federação Espírita do Paraná sob a presidência de João Urbano de Assis Rocha. 1903 – Léon Denis publica “No Invisível”. Nasce em Serra Negra o orador e ativista Romeu de Campos Vergal.

1904 – O “Boston Journal” publica a notícia da descoberta do esqueleto humano de Charles B. Rosna na adega da casa onde viveu a família Fox, comprovando 56 anos depois os acontecimentos de Hydesville. O cronista João do Rio (Paulo Barrreto) publica na Gazeta de Notícias as reportagens “Religiões do Rio”, dentre elas “O Espiritismo entre os Sinceros”. É publicada em Nápoles a obra poética de 314 tercetos, psicografada pelo menino-médium Héctor Bernardini, de dez anos de idade, atribuída ao Espírito Dante Alighieri.

Educação Espírita em Sacramento



Professores e alunos do Colégio Allan Kardec (sede antiga), em 1913. Os mestres, assentados da esq. para dir., são: Orcalino de Oliveira, Eurípedes Barsanulfo, Maria Gonçalves e Watersides Willon (irmão de Eurípedes. Fonte: Museu Corina Novelino.
1905 – Albert Einstein divulga sua Teoria da Relatividade Restrita. Nasce em Pacatuba, Ceará, o médium Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho. Em 15 de agosto Cairbar Schutel publica em Matão o primeiro número de “O Clarim”.

1906 – João Leão Pitta funda em Piracicaba o “Grupo Espírita Fora da Caridade não Há Salvação”. Alexandre Aksakof publica Animismo e Espiritismo. José Lapponi, médico do papa, publica Hipnotismo e Espiritismo. Surgem nos EUA as primeiras igrejas pentencostalistas.

1907 – Eurípedes Barsanulfo funda em Sacramento, Minas Gerais, o Colégio Allan Kardec. Na Itália, em Turim, o Prof. Morselli publica Psicologia e Espiritismo.


A Era Chico Xavier




1908 – Léon Denis publica O problema do Ser, do Destino e da Dor. Em Belo Horizonte é fundada a “União Espírita Mineira” sob a presidência de Antonio Lima.

1909 – Desencarna em São Paulo Antonio Gonçalves “Batuíra”. César Lombroso publica Ricerche sui fenomene ipinoti e spirici; desencarna no mesmo ano na cidade de Turim. Desencarna na Espanha Amália Domingo Y Soler. Freud publica A Interpretação dos Sonhos.

1910 – Nasce em Cachoeira das Três Moças -Pedro Leopoldo(foto) Francisco Cândido Xavier.
A missão de Anália Franco



1911 – É inaugurada no Rio de Janeiro, na avenida Passos, a sede da Federação Espírita Brasileira, sob a presidência de Leopoldo Cirne. Anália Franco funda em São Paulo a“Colônia Regeneradora D. Romualdo”.


1912 – A FEB inaugura, em 3 de maio, um curso gratuito de esperanto. Naufrágio do Titanic mata 1.513 pessoas. A médium Zilda Gama dá início a sua carreira literária com o livro Elegias Douradas.

1913 – O Almirante Osborne Moore publica nos EUA The Voices, sobre fenômenos espíritas de voz direta. Léon Denis preside o Congresso Espírita de Genebra.




A Era das Guerras Mundiais


1914 – Nasce, em Avaré, José Herculano Pires. Juliette Alexandre-Bisson publica Os Fenômenos ditos de Materialização. Tem início a I Guerra Mundial.

1915 – É fundada na Bahia a União Espírita Baiana, sob a presidência de José Petitinga.

1916 – É fundada por Antonio José Trindade, em São Paulo, a Sinagoga Espírita Nova Jerusalém.

Metapsiquismo em voga


1917 – Na Irlanda o Dr. W. J. Crawford, da “Queen’s University” publica The Reality of Psychic Fenomena. Na Rússia acontece a Revolução Bochevique de Outubro.

1918 – Em transe mediúnico, Eurípedes Barsanulfo relata para seus alunos uma premonição da assinatura do Tratado de Versalhes.

1919 – É fundado em Paris o “Instituto Metapsíquico Internacional” sob a direção de Gustave Geley. Desencarna Anália Franco.

1920 – É Fundada a Sociedade das Nações.

A Casa dos Espíritas

1921 – É fundada a Federação Espírita do Rio Grande do Sul, sob a presidência de Angel Aguarod. Descoberta das ondas curtas permite a radiodifusão internacional.


1922 – Charles Richet publica o Traité de Methapsychic. É realizada em São Paulo a Semana de Arte Moderna.

1923 – Angel Scharnichia funda em Buenos Aires a revista “La Idea”. É fundada em Paris, por Jean Meyer, a “Maison des Spirites”.





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